quarta-feira, 19 de setembro de 2007

RECRUTAMENTO E SELEÇÃO

NOVA CONCEPÇÃO SOBRE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAS

Segundo Chiavenato, recrutamento corresponde ao processo pelo qual a organização atrai candidatos ao mercado de recursos humanos para abastecer seu processo seletivo; já a seleção, busca dentre os vários candidatos recrutados, aqueles que são mais adequados aos cargos existentes na organização, visando manter ou aumentar a eficiência e o desempenho do pessoal, bem como a eficácia da organização.
Recrutar e selecionar profissionais qualificados não são uma prática recente. Conforme dados de historiadores, as primeiras tentativas de selecionar pessoas de maneira científica são datadas de 207 a.C., quando funcionários da Dinastia Han, na China, criaram uma detalhada e longa descrição de cargos para funcionários públicos da época, mas mesmo assim poucas contratações foram satisfatórias.
Contemporaneamente, as empresas estão sendo cobradas mais intensamente. Esta cobrança é por melhores resultados, por produtos com maior qualidade e com alto valor agregado, por inovação surpreendente, por um atendimento ao cliente estonteante, por respeito aos prazos pactuados, por melhores preços etc.
Na verdade, o consumidor de hoje é uma pessoa dotada de um poder decisório que até então, na história do homem moderno, nunca se tinha visto ou imaginado. O poder de barganha do consumidor do terceiro milênio é capaz fazer de sua empresa a mais admirada do mercado, como também pode fazer com que ela conheça um grande fiasco empresarial.
Ainda, por outro lado, a concorrência entre as organizações faz com que os empresários mais e mais optem por inovação, qualidade, preço justo, crédito e recursos humanos capacitados e talentosos o suficiente para dar conta a essa nova equação do mercado.
Por força dessas variáveis listadas acima, o empresariado mudou muito sua forma de recrutar pessoas.
No passado, contratava-se um profissional de qualquer área, observando-se sua experiência profissional, sob o aspecto técnico, para ocupar o cargo em aberto.
Hoje, isso não é mais assim, na maioria das organizações. As áreas de recursos humanos mudaram muito esse paradigma, por entenderem modernamente que mais que um profissional qualificado tecnicamente, a empresa ressente-se de pessoas com comportamentos e atitudes adequados à cultura, à missão, à visão e aos objetivos do empreendimento.
O recrutador/selecionador deve cercar-se de cuidados para diminuir a subjetividade na hora da comparação, tendo, por exemplo, a descrição do cargo da vaga em aberto, conhecer os pré-requisitos da vaga, ter a percepção correta do perfil comportamental esperado/desejado, entre outros.
É por essa razão que Chiavenato coloca que recrutamento e seleção são responsabilidades dos gerentes de linha e não dos especialistas de recursos humanos, vez que os gerentes lidam direto e permanentemente com o seu pessoal e com as atribuições específicas do seu setor/departamento, conhecendo mais intimamente as suas necessidades e peculiaridades; afinal, um recrutamento mal feito compromete o sucesso da seleção, que quando feita de forma equivocada pode acarretar desperdícios inimagináveis, como: retrabalho, dinheiro e valioso tempo de treinamento focado na pessoa errada, possíveis problemas no atendimento ao cliente externo etc.
Atualmente, é considerado um processo estratégico e vital para as organizações; tanto é verdade que as universidades e entidades voltadas à formação profissional, estão hoje em seus programas de desenvolvimento e capacitação profissional ou acadêmico, dando forte ênfase à questão da seleção por competências, que é nada mais nada menos do que ter no quadro empresarial profissionais capazes de desempenhar determinada atividade com eficácia, em qualquer situação.

REFERÊNCIA

CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. 6. reimpressão. Rio de Janeiro: Campus, 2004.